Fazia tempo que eu não comentava as novidades cinematográficas da semana, mesmo porque eu não tenho tido muito tempo pra ir ao cinema. Porém, não podia deixar passar batida a estreia mundial de um dos filmes mais aguardados (pelo menos pra mim) do ano, do qual eu já falei bastante aqui: “Sucker Punch – Mundo Surreal”, do diretor Zack Snyder (“300”, “Madrugada dos Mortos”, “Watchmen”, “A Lenda dos Guardiões” e o próximo “Superman”). Com um visual único, uma mistura de futurismo com coisas do passado, o filme conta a história de uma garota (Emily Browning) que é internada em um manicômio pelo padrasto e cria um mundo fictício pra tentar escapar, com a ajuda de mais quatro meninas (Jena Malone, Vanessa Hudgens, Abbie Cornish e Jamie Chung). O elenco ainda tem Jon Hamm (o Don Draper de “Mad Men”), Scott Glenn e a sempre bela Carla Gugino (atualmente arrasando em “Californication”). Quem fuçar o blog vai encontrar diversos posteres do filme – e o trailer segue abaixo. Obs.: Aliás, quem quiser concorrer ao DVD duplo do filme “300”, é só deixar um comentário em qualquer texto de março (mais informações aqui).
Já que estou aqui, vou falar um pouco das outras novidades interessantes que chegaram aos cinemas desde a semana passada. Pra começar, o nacional “VIPs”, com mais uma atuação sensacional de Wagner Moura (melhor ator no Festival do Rio 2010), dessa vez no papel do farsante Marcelo da Rocha, aquele que ficou conhecido ao fingir ser o filho do dono da Gol (dentre outros golpes) e que hoje está preso – uma espécie de Frank Abagnale Jr. brazuca (o personagem de Leonardo DiCaprio em “Prenda-Me Se For Capaz”).
“Sem Limites” (Limitless) parece bem bacana. Bradley Cooper (um dos atores em ascenção da atualidade depois de “Se Beber Não Case” e “Esquadrão Classe A”) é um escritor em crise criativa que toma uma droga inovadora pra dar um “boost” no cérebro e acaba se tornando super-inteligente, super-ágil, super-forte, enfim, super-tudo. O elenco ainda tem Robert De Niro, Anna Faris e Abbie Cornish (que também está em “Sucker Punch”).
Dois dos ganhadores do Oscar deste ano estão com filmes novos – um deles não tão novo assim, na verdade. Da Inglaterra, e com quase dois anos de atraso, vem a nova versão da clássica história de Oscar Wilde “O Retrato de Dorian Gray”, estrelada pelo melhor ator de 2010 Colin Firth e pelo “Príncipe Caspian” Ben Barnes. As críticas não foram muito agradáveis, mas um filme com Firth sempre vale a visita. Já a melhor atriz do ano, Natalie Portman, deixou as sapatilhas de lado pra fazer uma comédia romântica com Ashton Kutcher, “Sexo Sem Compromisso” – ambos são melhores amigos que decidem ter relações sexuais sem envolvimento, “no strings attached” (o título original do filme).
Pros fãs de terror tem a terceira parte da agora franquia “Atividade Paranormal”, dessa vez em Tóquio. Confesso que assisti recentemente o primeiro filme sem nenhuma expectativa e levei bons sustos. O novo certamente não é tão bom, mas se for metade do outro já deve dar alguns arrepios. Pra quem gosta de adrenalina há o novo filme do inglês Jason Statham, talvez o único astro de ação da atualidade – ele está no remake de “Assassino a Preço Fixo” (The Mechanic), remake de um filme que tinha Charles Bronson no papel principal. Donald Sutherland e o ótimo Ben Foster (“Volta por Cima”, “O Mensageiro”) também estão no elenco. Já do cinema europeu vem o aguardado e elogiado “Cópia Fiel”, dirigido pelo iraniano Abbas Kiarostami e estrelado pela francesa Juliette Binoche. Ela é uma dona de galeria que convida um escritor inglês que admira a andar com ela pelas ruas de uma cidadezinha italiana – e o que segue é uma espécie de “Antes do Amanhecer” mais maduro e surpreendente.
Pra encerrar, a outra estreia imperdível dos últimos dias é um filme que também chegou com certo atraso às telas brasileiras. “Não Me Abandone Jamais” (Never Let Me Go) é uma adaptação do livro de Kasuo Ishiguro (“Vestígios do Dia”) e uma mistura de drama, romance e ficção-científica, ou seja, uma combinação das mais peculiares. Com direção de Mark Romanek (mais conhecido por videoclipes) e estrelado por um trio de jovens ingleses talentosíssimos (Carey Mulligan, Keira Knightley e Andrew Garfield), o filme se passa em uma realidade alternativa – é a década de 70, mas uma realidade que não existiu (daí o lado “ficção” da história). Não quero contar muitos detalhes pra não estragar o que pode causar surpresa (e estarrecimento), embora a maioria das críticas ao filme já venha entregando tudo de cara; mas basicamente três crianças vivem em um internato bucólico no interior da Inglaterra e aos poucos vão descobrindo o futuro nada animador que os espera, ao mesmo tempo em que descobrem o amor e a amizade. O filme é lindo, leva a diversos questionamentos éticos, morais e humanos, e Carey deveria ter sido indicada novamente ao Oscar pela atuação como a protagonista (ela foi indicada no ano passado pelo fantástico “Educação”).